Minas é o 3º com maior cobertura em programa
Estado só perde para Bahia e Ceará em abrangência, de acordo com governo
Impacto. Para ministro Alexandre Padilha, atuação de profissionais já começa a dar resultado
PUBLICADO EM 16/10/13 - 03h00
O Ministério da Saúde informou ontem que 79 profissionais do Mais Médicos já estão atuando em Minas Gerais. O aporte, segundo o órgão, é suficiente para atender uma demanda de 272 mil pessoas, a terceira maior cobertura do programa no país. O Estado só perde para o Ceará, onde a ação teve o maior impacto, atingindo 369 mil pessoas, e para a Bahia, com 338 mil.
Em todo Brasil, 1.020 profissionais estão em atividade, o que abrange uma população de 3,5 milhões de pessoas. A maioria (61%) dos beneficiados vive no Norte e Nordeste. Os números levam em conta apenas os médicos cadastrados na primeira fase do programa, entre graduados no Brasil e no exterior. Dos 1.020 profissionais atuantes no país, 577 se formaram no território nacional e outros 443 têm diploma estrangeiro.
Desistências. Já em Minas, dos 79 profissionais, 37 se formaram no Brasil e 42 no exterior. O número seria maior se não fossem as desistências. Dos 72 médicos brasileiros que foram designados para 42 municípios do Estado, 35 desistiram do programa. O governo não informou quais municípios tiveram as baixas nem quais já foram beneficiados.
Já entre os 42 profissionais graduados no exterior, todos conseguiram o registro provisório no Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) – após uma briga judicial, em que a entidade foi obrigada pela Justiça a emitir os registros, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia. No Brasil, ainda há 237 médicos sem o registro provisório por conta do impasse com os conselhos. Eles já estão recebendo bolsa de R$ 10 mil por mês e, em atividade, atingiriam mais 817 mil pessoas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comemorou os primeiros resultados do Mais Médicos, em notícia publicada no site do órgão. “A atuação desses profissionais começa a fazer diferença. Já temos relatos de cidades que conseguiram dobrar o atendimento com a chegada dos médicos. A nossa expectativa é que o total de profissionais atendendo nas regiões que mais precisam aumente mais”, disse.
Já o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d'Ávila, afirmou ontem que o Mais Médicos é uma medida eleitoreira e que não irá resolver os problemas da saúde pública no país.
Abrangência
Cálculo. Cada médico do programa forma uma equipe de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), que cobre, em média, 3.450 pessoas. Daí sai o número de pessoas atingidas pela ação.
Votação da MP
O presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou ontem que a Medida Provisória 621, que institui o Mais Médicos, será votada hoje em plenário. Ontem, o projeto esteve na pauta de discussão da Casa. Para a Agência Senado, Calheiros afirmou que o Senado vai colaborar para que a MP seja rapidamente aprovada. O texto já passou pela aprovação da comissão mista do Congresso e, na semana passada, foi aprovada pela Câmara.
Segunda etapa
Já a segunda etapa do Mais Médicos tem 2.597 profissionais participantes. Desses, 2.000 têm formação em Cuba e 180 são de outras nacionalidades, que estão em treinamento e devem começar a atuar no fim do mês. Já os brasileiros do programa tiveram prazo até a última segunda-feira para se apresentar aos municípios onde vão trabalhar. O governo não informou quantos compareceram e adiantou que há possibilidade de estender o prazo.
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