terça-feira, 11 de agosto de 2015


Em dois anos, cubanos ganham preferência a médicos brasileiros

Do UOL, em Craíbas e Girau do Ponciano (AL)


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Médicos cubanos são bem avaliados pela população do semi-árido de AL8 fotos

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No consultório da médica cubana Alba Marina Hernandez, na pequena Craíbas, no semiárido de Alagoas, o paciente que chega para ser atendido percebe logo uma diferença: a cadeira reservada a ele está ao lado da doutora e não separada por uma mesa Beto Macário / UOL
No consultório da médica cubana Alba Marina Hernandez, na pequena Craíbas, no semiárido de Alagoas, o paciente que chega para ser atendido percebe logo uma diferença: a cadeira reservada a ele está ao lado da doutora e não separada por uma mesa. "Quero a cadeira perto de mim porque é melhor, eu quero tocar na pessoa, olhar no olho, de perto. O paciente sente mais confiança. A medicina é humana, é importante ter essa relação mais próxima", afirma.
O atendimento mais próximo é uma das marcas implantadas pelos médicos cubanos. Há dois anos no Brasil, eles ganharam carisma e a confiança de grande parte da população. Segundo uma pesquisa recente feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que entrevistou 14 mil pessoas em 700 municípios do país entre novembro e dezembro de 2014, os médicos cubanos receberam, em média, a nota 9 (de uma escala de 10) pelo atendimento. 55% dos entrevistados deram nota máxima ao programa. Outros 77% garantiram que tiveram boa comunicação e 87% elogiaram a atenção e qualidade do atendimento ao paciente.
O mesmo cenário é visto em Girau do Ponciano, também no semiárido de Alagoas. O município foi um dos primeiros a receber os médicos cubanos do programa Mais Médicos, em setembro de 2013.
No posto de saúde onde a médica Madelyn Guerra Sanchez trabalha, a procura é maior que de outras unidades da cidade. "As pessoas vêm à procura o atendimento dela, não querem mais os brasileiros. Os brasileiros sempre saem mais cedo, faltam ao trabalho. Ela, não. Examina sempre, atende com mais proximidade. É diferente", conta Celiane Ferreira Gomes, técnica de enfermagem da unidade.
Inicialmente, Sanchez foi enviada a Traipu, também em Alagoas, mas teve problemas e acabou deixando a cidade para ir até Girau do Ponciano, onde "se encontrou" no Brasil. "Quando cheguei lá [em Traipu], muitos me disseram que nunca receberam visita de um médico, muitos tinham problemas acumulados. Aos poucos as pessoas foram nos procurando e fomos resolvendo. Aqui também está sendo muito exitoso", disse.
A médica conta que deixou Cuba quando seu filho tinha um ano e oito meses. Em novembro, ela deve deixar o país em definitivo para voltar a cuidar do filho. Diz que terá boas lembranças do Brasil, mas se recorda das dificuldades que passou logo ao chegar.
"Tentaram nos desacreditar pela língua, mas não conseguiram. Sabíamos que a língua no começo seria um desafio, principalmente com os idosos. Mas contamos com o apoio muito grande da equipe de saúde e hoje conseguimos nos comunicar. Acho que vencemos, e somos um médico a mais aqui", afirma.
Para a médica Idalis Rivero, que atua na comunidade rural de Folha Miúda, em Craíbas, a vinda ao Brasil é tratada como missão. Ela deixou a filha de 14 anos e o marido professor em Cuba. "Claro que a escolha de vir tem o lado financeiro, mas mais que isso: lá, desde cedo, somos ensinados a ajudar as pessoas. Vim por isso", diz.
"Nunca tivemos dúvidas de que iríamos fazer um trabalho bem feito. A medicina é a mesma em todo lugar, e na América os problemas são parecidos. Em vez de tantos questionamentos à nossa capacidade, a sociedade médica daqui deveria se preocupar em fazer valer o código de ética, de ajudar mais as pessoas. Aqui se pensa demais em dinheiro", afirma o médico Angel Luis Martinez. O médico divide com o primo Alexeis Farinas a missão de atender à população do  distrito de Canafístula do Cipriano - pertencente a Girau do Ponciano e onde moram 6 mil pessoas.
Alexeis analisa que a saúde pública brasileira tem diferenças marcantes do sistema cubano.
"Falta acessibilidade. Aqui se tem excelentes equipamentos, que Cuba, por ser pobre, não tem. Mas de que adianta ter se as pessoas não têm acesso sempre ao médico? Aqui a acessibilidade à saúde é muito difícil para quem não tem dinheiro. Lá, não é assim: todos têm acesso rápido e gratuito", revela.
Pacientes e gestores elogiam
Segundo o Ministério da Saúde, 11.429 médicos cubanos atuam hoje no país. Desde de que começaram a chegar, 56 desistiram e retornaram. O tempo de permanência previsto para esses profissionais no país é de três anos.
Durante a visita a cinco pontos de trabalho dos cubanos, no semiárido alagoano, todos os pacientes ouvidos elogiaram muito os serviços. "O trabalho dela é ótimo. Antes sofríamos bastante com a falta de médicos, que iam embora cedo, não atendiam bem. Ela dá mais atenção, e todo mundo gosta", conta Poliana Menezes da Silva, 27.
A gestante Karleane Alécio Santos, 35, está fazendo o pré-natal com a médica Madelyn Sanchez. "Ela é muito boa, entendo tudo que ele fala, é muito atenciosa. Não tenho do que reclamar", diz.
CFM discorda
Na avaliação do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, faltou planejamento para que a chegada dos médicos estrangeiros trouxesse maior assistência à população de áreas de difícil fixação de profissionais. "Houve uma diminuição das consultas médicas em 25% dos municípios cadastrados e uma distribuição sem prioridade às áreas de pouca ou nenhuma assistência", disse.
Segundo Vital, uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou que os cubanos passaram a ocupar o lugar dos brasileiros. "Em 49% dos primeiros locais atendidos pelo Programa com a chegada dos bolsistas houve a dispensa de médicos anteriormente contratados. Por isso, em torno de um ano, tais localidades tinham menos profissionais cadastrados na rede pública", afirmou.
Outro questionamento do CFM é quanto à qualidade do serviço prestado pelos profissionais. "As referências de maior gravidade surgiram quando 17,7% dos 'supervisionados' admitiram que a falta de conhecimento dos protocolos clínicos conturbou os diagnósticos e terapêuticas e quando 50,3% desses profissionais revelaram ter entrado em contato com o supervisor para dirimir dúvidas sobre o atendimento", avalia.
O CFM alegou ainda que 10% dos supervisores acompanhavam mais de dez participantes e outros 10% tinham carga de atividades acima de 81 horas semanais. O Conselho denunciou também que 95 profissionais foram inclusos após serem reprovadas por não atingirem nota mínima de língua portuguesa e de saúde.
"Em síntese, as conclusões do Tribunal, aliadas às recentes denúncias da imprensa de que o Governo brasileiro teria manipulado o Programa em sua concepção para beneficiar Cuba, determinam a urgente necessidade de revisão dessa estratégia", conclui.
Vital ainda refuta à tese de que os médicos brasileiros se negam a trabalhar em áreas remotas. "Os médicos brasileiros estão dispostos e interessados em ocupar as áreas de baixa cobertura assistencial, "Está provado que – quando há estímulo - o médico brasileiro está pronto e disposto a atuar em todas as localidades, sem distinção", concluiu.

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Governo prioriza três regiões para criação de curso de Medicina


03/04/2015 - as 00:00:00
Foram pré-selecionadas 22 cidades de oito estados das regiões que possuem menor proporção de vagas de graduação e médicos por habitantes

BRASIL - A expansão da formação médica no país recebe novo impulso este ano. O Governo Federal selecionou mais 22 municípios para a criação de cursos de Medicina em instituições particulares. Essas cidades estão em oito estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, regiões com menor proporção de vagas de graduação e médicos por habitantes. A medida faz parte da estratégia do Programa Mais Médicos para ampliar a oferta do curso superior nas regiões que mais precisam. 

“A criação de cursos de Medicina é uma das medidas mais estruturantes do Mais Médicos, pois permite chegarmos a meta de 600 mil médicos em todo o país até 2026. Mas sabemos da importância de expandir as vagas invertendo a lógica que existia antes. Agora, vamos ampliar a formação médica conforme as necessidades identificadas pelo governo federal”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. “Os municípios são chamados a aderir e a se comprometer com as condições para abrir os novos cursos. Este edital permite ampliar a formação médica com a qualidade adequada para a população”, afirmou. 

Segundo o ministro da Educação, Luiz Cláudio Costa, “o novo edital dá seguimento à política de expansão de vagas de graduação por meio do Mais Médicos, corrigindo assimetrias regionais no que se refere a proporção de médicos por habitantes e selecionando cidades com condições de atender os critérios de qualidade.” 

O edital foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (2). As prefeituras interessadas deverão confirmar participação entre os dias 13 e 24 de abril, por meio da página do Ministério da Educação (http://simec.mec.gov.br). Esta é a segunda seleção de municípios para abertura de cursos de Medicina desde o lançamento do Mais Médicos. Na primeira, realizada em 2014, 39 cidades de 11 estados tiveram cursos autorizados, com previsão de 2,4 mil novas vagas. 

Com o objetivo de focar em municípios com maior escassez de médicos, o Governo Federal definiu algumas regras inovadoras em compararão com a seleção anterior. Nesta chamada, só foram pré-selecionadas cidades que se localizam em estados com relação de vagas em curso de medicina por 10 mil habitantes inferior a 1,34 e com índice de médicos a cada mil habitantes menor que 2,7. Também é necessário que o município esteja a pelo menos 75 quilômetros de qualquer curso de medicina existente. 

Além desses requisitos, foram utilizados também outros critérios objetivos para a pré-seleção: não ser capital de estado; não ter curso de medicina; ter mais de 50 mil habitantes; e estar localizado em região com estrutura de saúde e de equipamentos públicos, cenários de atenção na rede e programas de saúde adequados para comportar a oferta de graduação em medicina. 

PRÓXIMAS ETAPAS – Após a adesão dos municípios interessados, serão realizadas visitas técnicas in loco, entre 11 de maio a 26 de junho. A finalidade é verificar se a estrutura da rede de saúde local atende o mínimo necessário para comportar as atividades práticas do curso de medicina. 

Para ser selecionado, o município precisa ter número de leitos do SUS por aluno igual ou maior a cinco; número de alunos por equipes de atenção básica menor ou igual a três; leitos de urgência e emergência ou pronto socorro; adesão ao PMAQ, programa de reestruturação de unidades básicas de saúde; centros de atenção psicossocial; hospital de ensino ou unidade hospitalar com mais de 80 leitos; e existência de, pelo menos, três programas de residência médica nas especialidades prioritárias (como Medicina Geral de Família e Comunidade), que podem ser abertos no primeiro ano de funcionamento do curso. 

As cidades escolhidas farão parte do edital de seleção de instituições. Os municípios que não obtiverem conceito satisfatório na verificação presencial podem ser excluídos do processo ou ficar em lista de espera até solucionar as pendências. O resultado final, após as visitas e avaliações, será divulgado em 31 de julho. 

AÇÕES ANTERIORES – Medidas de expansão da graduação em Medicina já vinham sendo implementadas desde 2013, quando foram pré-selecionadas os primeiros municípios aptos a receberem curso de medicina. Em 2014, 39 deles foram avaliados positivamente nas visitas in loco e selecionados em caráter definitivo. Após a seleção das cidades, foi aberto edital de concorrência para as instituições de ensino interessadas em abrir os cursos. A previsão é que a lista de instituições selecionadas seja divulgada em 24 de junho. 

O Governo Federal também vem expandindo as vagas de Medicina em cursos já existentes. Já foram autorizadas 4.680 novas vagas de graduação no país, sendo 1.343 em universidades públicas e 3.337 vagas em instituições privadas. A meta é chegar à oferta de atingir 11,5 mil até 2017. Em relação à residência médica, está prevista a criação de 12,4 mil vagas para formação de especialistas até 2018, com o foco nas áreas prioritárias para o SUS. 

Em conjunto com a expansão da formação, o Programa Mais Médicos também trouxe profissionais para atender a demanda imediata apontada pelas prefeituras. Em 2015, com a ocupação das 4.146 vagas apontadas pelos municípios no novo edital, o Governo Federal garantirá a permanência de 18.247 médicos nas unidades básicas de saúde de todo o país, levando assistência para aproximadamente 63 milhões de pessoas. Serão 4.058 municípios beneficiados, 72,8% de todas as cidades do Brasil, além dos 34 distritos indígenas.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Dos 3.936 profissionais com CRM Brasil convocados na primeira chamada, 3.304 compareceram às cidades escolhidas, o que representa 84% dos médicos inscritos


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Segunda chamada 23/02/2015 - 20h00

Ceará tem 43 cidades com vagas disponíveis no Programa Mais Médicos

84% dos médicos se apresentaram nos municípios selecionados no Programa, em
todo o Brasil

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Fábio Lima/ O POVO
Os candidatos têm até as 20 horas desta terça-feira, 24, para selecionarem até quatro cidades onde desejem atuar
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O Ceará tem 42 municípios, mais a Capital, com vagas disponíveis para a próxima seleção do Programa Mais Médicos. Ao todo, dos 3.936 profissionais com CRM Brasil convocados na primeira chamada, 3.304 compareceram às cidades escolhidas até o dia 20 de fevereiro, em todo o País. O número representa 84% dos médicos inscritos.
As vagas não preenchidas estão disponíveis para a próxima seleção. Os candidatos têm até as 20 horas desta terça-feira, 24, para selecionarem até quatro cidades onde desejam atuar.
Em Fortaleza há duas vagas abertas, já na Região Metropolitana, em Caucaia e Maranguape, são cinco ao todo.
O município que apresenta maior oferta disponível é Quixeramobim, a 206 km da Capital, com sete vagas.
+Confira os municípios com vagas
Em todo o Brasil, são 835 vagas em 498 municípios e 12 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) disponíveis para a segunda chamada do Programa.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou o interesse dos médicos brasileiros no Mais Médicos e a incorporação do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) como estratégia para estimular a participação dos profissionais com CRM Brasil. “O resultado até o momento é muito surpreendente e começou a ocorrer mais rápido do que o esperado, desde o início do processo quando mais de 15 mil médicos se inscreveram neste novo edital do programa, o que é muito positivo”, destaca.
No edital, lançado no último mês de janeiro, 1.294 cidades e 12 distritos indígenas aderiram ao Programa. Até o momento, 1.086 municípios e 3 DSEIs conseguiram ocupar integral ou parcialmente as vagas.
Os candidatos inscritos para a segunda chamada precisam acessar o site do Mais Médicos e optar entre as localidades disponíveis. Caso ainda sobrem vagas, uma terceira chamada está prevista para os dias 17 e 18 de março. Em 10 de abril será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e, em 5 de maio, para médicos estrangeiros.
Redação O POVO Online
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Os médicos brasileiros, com inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM), preencheram 95% das vagas do Mais Médicos na primeira chamada do programa este ano. Ao todo, das 4.146 vagas ofertadas no edital lançado em janeiro, 3.936 foram preenchidas, de acordo com os números divulgados hoje (11) pelo Ministério da Saúde. Para o ministro Arthur Chioro, ao contrário das edições anteriores, a adesão de profissionais com CRM brasileiro foi muito significativa.
“A expectativa com esses números iniciais é que haja uma confirmação [da participação dos médicos]”, disse. Chioro acredita que, a princípio, não serão necessários cubanos nesta edição do Mais Médicos, diferentemente das outras edições em que ocuparam 87% das vagas.
Desta vez 15.747 profissionais com diplomas validados no Brasil se inscreveram para concorrer a uma vaga, mais de três vezes o número de postos oferecidos. Entre os inscritos, 12.580 indicaram a as cidades onde preferem trabalhar, os que não indicaram foram eliminados da seleção. Entre os que permaneceram, 59% optaram por clinicar por um ano, e receber 10% de bônus em provas de residência médica, o grande atrativo desta edição. Os demais trabalharão por três anos com os benefícios oferecidos pelo Mais Médicos.
Das 1.294 cidades que solicitaram profissionais pelo programa, 1.181 tiveram toda a demanda atendida nesta primeira chamada, ou seja, 91%. Entre as cidades que pediram profissionais, 30 não foram incluídas na lista de preferência de nenhum candidato. Dos 46 municípios que tiveram a solicitação parcialmente atendida, 37 não tiveram as vagas preenchidas. Para o ministro Chioro, isso decorre do fato de muitos estarem situados em áreas isoladas. “São cidades de mais difícil acesso", disse.
O Sudeste foi a região mais atendida, das 1.019 opções disponíveis, 1.010 foram preenchidas. Na Região Sul foram solicitadas 520 vagas e 504 foram ocupadas. No Centro-Oeste, os municípios pediram 393 médicos e conseguiram preencher 380 vagas. O Nordeste teve 1.708 vagas ocupadas das 1.784 oferecidas. A Região Norte ofereceu 395 e teve 303 inscrições. Dos 12 distritos indígenas, apenas o Alto Solimões, no Amazonas, não teve todas as vagas preenchidas.
Os médicos selecionados têm até o dia 20 para se apresentar, caso contrário, serão eliminados do programa. A segunda chamada está marcada para os dias 23 e 24 de fevereiro. Ela servirá para preencher as vagas em aberto.
A previsão para o início do trabalho dos médicos inscritos na primeira chamada é dia 2 de março. Entre os dias 17 e 18 do mesmo mês haverá uma terceira chamada para os profissionais inscritos que não foram selecionados. Caso ainda sobrem vagas, no dia 10 de abril será aberta inscrição para brasileiros formados no exterior e no dia 5 de maio para médicos estrangeiros.
Criado em 2013 para levar médicos a regiões carentes, o Mais Médicos conta hoje com 11.429 profissionais cubanos, 1.846 brasileiros e 1.187 intercambistas de vários países, como a Argentina, Portugal, a Venezuela, Bolívia, Espanha e o Uruguai.
Tags: estados, federal, Governo, medicina, programa

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Mato Grosso pede mais 61 profissionais do Programa Mais Médicos
Foto: Reprodução
A população de Mato Grosso será beneficiada com a expansão do Programa Mais Médicos. No total, 34 cidades e 1 Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) aderiram ao novo edital da iniciativa e solicitaram 61 profissionais para atuar no estado. Em todo o país, são mais 4.146 vagas para atender 1.294 municípios e 12 distritos indígenas inscritos nesta nova fase do programa. Com isso, o governo federal vai garantir em 2015 a permanência de 18.247 médicos nas unidades básicas de saúde do país, levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.
Os municípios que solicitaram foram Alto Paraguai, Aripuanã, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Barra do Garças, Bom Jesus do Araguaia, Brasnorte, Cáceres, Colíder, Confresa, Cotriguaçu, Cuiabá, Dom Aquino, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Juína, Juruena, Mirassol dOeste, Nortelândia, Nossa Senhora do Livramento, Nova Bandeirantes, Nova Mutum, Nova Xavantina, Paranatinga, Poconé, Rondonópolis, Rosário Oeste, Santa Terezinha, Santo Antônio do Leverger, São José dos Quatro Marcos, Sinop, Tangará da Serra, Várzea Grande e Vila Rica. A expansão da iniciativa priorizou os municípios com dificuldade de contratar médicos na atenção básica, além de integrar os que já contavam com vagas do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).

A maioria (66%) das prefeituras atendidas no novo edital está dentro do critério de vulnerabilidade social e econômico. “A enorme adesão dos municípios mostra o impacto e a confiança que os gestores têm no programa, além da sua importância para a estruturação e expansão do atendimento. Essa nova etapa do Mais Médicos é uma oportunidade de ampliarmos e expandirmos o impacto do programa para 63 milhões de pessoas”, comemorou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O Nordeste foi a região com o maior número de novas vagas, com abertura de 1.784 novas oportunidades.

O Sudeste solicitou 1.019 médicos, seguido do Sul (520), Norte (395) e Centro-oeste (393). Também serão abertas 35 oportunidades nos Distritos Indígenas. Dentre as 4.146 novas vagas disponíveis, 361 são para reposição de profissionais que deixaram o programa.

Fonte: Da Redação - POCONET

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Aumenta a adesão de brasileiros ao Mais Médicos

AGENCIA BRASIL 4 de Fevereiro de 2015 | 23h00

Prefeitos de todo o Brasil pediram 4.146 médicos ao Programa Mais Médicos para trabalhar na rede pública. Apesar de 1.500 municípios estarem aptos a se inscrever no programa, 1.294 solicitaram profissionais ao governo federal, além de 12 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, todos os 1.500 prefeitos foram avisados da possibilidade de solicitarem médicos, mas pode ser que eles tenham conseguido outras formas de contratação, ou não queiram se comprometer com as obrigações do programa.
Diferentemente das outras edições do programa, rejeitadas pelos médicos brasileiros, desta vez 15.747 profissionais formados no Brasil se inscreveram para concorrer a uma vaga, mais de três vezes o número de postos oferecidos.
O grande atrativo desta versão do programa é a possibilidade de o médico receber um bônus de 10% nas provas de residência, por clinicar por um ano em local determinado, na especialização de saúde pública.
Foram 11.736 os médicos que fizeram esta opção, enquanto 3.081 escolherem receber os auxílios do Mais Médicos e permanecer três anos no posto de saúde. Do Programa de Valorização do Profissional a Atenção Básica são 930 participantes.
Para Chioro, o número de inscritos deve ser avaliado com cautela, porque o local onde os médicos desejam trabalhar pode não coincidir com as vagas abertas. Os médicos inscritos poderão indicar até amanhã quatro municípios onde preferem clinicar.
Criado em 2013 para levar médicos a regiões carentes, o Mais Médicos conta hoje com  11.429 profissionais cubanos, 1.846 brasileiros e 1.187 intercambistas de vários países, como Argentina, Portugal, Venezuela, Bolívia, Espanha e Uruguai. 

domingo, 18 de janeiro de 2015

Ministério da Saúde amplia Programa Mais Médicos em 1500 municípios dos quais 29 em AL

Cidades e médicos têm até 28 e 29 de janeiro para confirmar participação.
Foram priorizados municípios em situação de extrema pobreza. 

Michelle Farias Do G1 AL

Otávia aproveitou a visita para conversar com os pacientes (Foto: Michelle Farias/G1) Edital vai abrangir 100% das vagas do Provab
(Foto: Michelle Farias/G1)
O Ministério da Saúde abriu uma nova seleção para o Programa Mais Médicos nesta sexta-feira (16). O processo contempla 1.500 prefeituras de municípios brasileiros, destas, 29 são de Alagoas. A novidade deste ano é que o edital abre oportunidade para a incorporação de 100% das vagas do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).
“A ampliação dá nova oportunidade a esses municípios que, por algum motivo, não puderam aderir ao programa. A iniciativa atende a reivindicação de cidades do país inteiro por nova chance de integrar ou ampliar o número de profissionais. O Mais Médicos tem papel fundamental no fortalecimento e consolidação da Atenção Básica e se complementa com o trabalho na área da formação médica e com obras de melhoria na infraestrutura”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Municípios e médicos terão até os dias 28 e 29 de janeiro para confirmar participação e efetuar a inscrição no sistema do programa (clique aqui para acessar o site). Estão aptas a aderir as prefeituras do Provab 2014, que encerra em fevereiro, e aquelas de maior vulnerabilidade econômica e social. Foram priorizadas, por exemplo, as cidades com 20% de sua população em extrema pobreza, com IDH baixo e muito baixo, localizadas no semiárido, Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira e nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. Também foi garantida expansão para os distritos indígenas.

Lista de municípios alagoanos
Anadia, Arapiraca, Atalaia, Branquinha, Cajueiro, Campo Alegre, Campo Grande, Delmiro Gouveia, Estrela de Alagoas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Japaratinga, Junqueiro, Limoeiro de Anadia, Maceió, Marechal Deodoro, Mata Grande, Matriz de Camaragibe,
Monteirópolis, Piaçabuçu, Poço das Trincheiras, Porto Calvo, Rio Largo, São José da Laje,
São Sebastião, Taquarana, União dos Palmares e Viçosa.
Branquinha, Alagoas (Foto: Glauco Araújo/G1)Médicos irão atuar em municípios de extrema
pobreza como Branquinha
(Foto: Glauco Araújo/G1)
Os médicos brasileiros continuam tendo prioridade na seleção. Só que agora, ao invés de uma, eles terão três oportunidades para escolher o município em que irão atuar. Na inscrição, cada profissional definirá até quatro cidades de diferentes perfis, conforme a sua prioridade. Os candidatos concorrem somente com aqueles que optarem pelos mesmos municípios e, quem não conseguir a colocação, terá acesso às vagas remanescentes.
A data e horário da inscrição do médico não serão mais considerados como critérios de seleção. Para a classificação na concorrência das vagas foram estabelecidas as seguintes regras: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho - PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena); VER-SUS; do ProUni ou FIES. Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade.

Outra novidade é que os candidatos brasileiros poderão escolher entre os benefícios do Mais Médicos ou 10% nas provas de residência do país. Caso todas as vagas não sejam preenchidas, o edital será aberto aos brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, aos profissionais estrangeiros.

Provab
Com a incorporação de 100% das vagas do Provab, o Ministério da Saúde quer assegurar às prefeituras permanência de médicos na Atenção Básica de suas cidades, uma vez que a iniciativa só dura um ano. Os profissionais do Provab poderão permanecer por mais dois anos, desde que continuem na unidade de saúde em que já atuam, garantindo a assistência à população.
Além dos especialistas em Medicina de Família e Comunidade, o programa também deve atrair os recém-formados, que geralmente se interessam pelo bônus de 10% na prova de residência, e os profissionais que decidirem por permanecer na Atenção Básica.
“O Provab foi criado em 2011 para fazer uma oferta de integração ensino-serviço, oferecendo também bolsa e especialização em saúde da família para esses médicos atuarem na atenção básica em áreas com maior necessidade de vulnerabilidade. Com a integração, a garantia de 10% pontuação para residência médica com um tempo determinado de um ano, agora será oferecida no Mais Médicos e será possível manter esses profissional por até três anos naquela comunidade, garantindo atendimento de qualidade”, destacou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Hêider Pinto.

O período para que os médicos do Provab confirmem a permanência no Mais Médicos será de 21 a 23 de janeiro. No dia 10 de abril, caso existam vagas remanescentes, será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e no dia 5 de maio para médicos estrangeiros.

Em 8 de junho, ocorrerá o módulo de acolhimento para esses médicos. Para dar continuidade da assistência à população serão lançadas, a cada trimestre, novas vagas aos municípios. Os municípios que atualmente não têm capacidade instalada poderão ser contemplados posteriormente.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

 
Governo federal inclui mais 424 municípios no Mais Médicos
16/01/2015 - as 00:00:00
Brasil - O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (15) que irá ampliar o programa Mais Médicos em até 1.500 municípios. A oferta de novas vagas compreende as cidades que já participam de programa e 424 novos municípios que ainda não estavam no programa.

Outra mudança é a incorporação do Provab (Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica) no Mais Médicos. A partir de agora os candidatos brasileiros às vagas do Mais Médicos poderão escolher entre os benefícios do programa (moradia e bolsa de R$ 10 mil) ou um bônus de 10% de pontuação adicional na prova para residência, que é previsto no Provab. A intenção do ministério é diversificar o quadro de profissionais no Mais Médicos porque, em geral, o Provab atrai recém-formados.

O programa Mais Médicos foi criado em 2013 para levar médicos às periferias de grandes cidades e aos municípios do interior do país que não dispunham de atenção básica de saúde. As vagas são prioritariamente oferecidas a médicos brasileiros. Quando não há preenchimento de todas as vagas, o programa aceita candidaturas de estrangeiros. Os médicos de fora do Brasil recebem um registro de trabalho por no máximo três anos.

O edital com as novas vagas será publicado amanhã (16) e as inscrições ficam abertas até 29 de janeiro. A expectativa do governo é iniciar as atividades dos médicos selecionados pelo programa a partir de março. O governo fará até três chamadas dos profissionais e o processo todo deve ser concluído até junho.

Cada profissional poderá optar por até quatro municípios. Os que não ficarem em nenhum dos municípios escolhidos terão outras duas chances de escolher vagas remanescentes.

Os números finais de quantos médicos selecionados e municípios beneficiados pelo programa só serão conhecidos em fevereiro após a confirmação das prefeituras que confirmarem a ampliação do Mais Médicos.

Segundo o Ministério da Saúde, o país possui atualmente 1,8 médicos por mil habitantes. O índice é menor do que em outros países, como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,9) e Espanha (4). A distribuição de médicos no Brasil também é bastante desigual. Em 22 Estados, o número de médicos fica abaixo da média nacional. Ainda segundo o ministério, atualmente 50 milhões de pessoas são beneficiadas pelo Mais Médicos.