Mais de 80 médicos estrangeiros desembarcam em São Luís
Profissionais chegam à capital maranhense às 13h30. Medida faz parte da 2ª etapa do Programa Mais Médicos, do governo federal.
Do G1 MA com informações de O Estado
Um total de 81 médicos estrangeiros desembarcam na tarde desta terça-feira (29), em São Luís. A medida faz parte da segunda etapa do Programa Mais Médicos, do governo federal. Os profissionais chegam à capital maranhense em voo da Força Aérea Brasileira (FAB) por volta de 13h30. Um outro grupo de 81 médicos deve desembarcar nesta quarta (30), às 17h20, totalizando 162 profissionais recebidos na segunda etapa do programa. Outros 37 médicos já estão no Estado, o que resulta em um total de 199 estrangeiros atuando no Maranhão. O grupo deve ser recepcionado pelo ministro do Turismo, Gastão Vieira. Na quinta (31) e na sexta (1º), os estrangeiros vão participar de um evento de acolhimento realizado por representantes dos órgãos responsáveis pela saúde pública de São Luís e do Estado. O objetivo é colocar os profissionais à parte da situação da Saúde no Maranhão.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou, em sua conta no Twitter, que desembarcaram neste domingo, 27, no País mais 695 médicos que farão parte do programa Mais Médicos. Dilma escreveu que eles "se somam aos 577 médicos que chegaram ontem (sábado, 26)". Ainda de acordo com a presidente, "somados aos profissionais que já estão trabalhando, esse grupo amplia a cobertura do Mais Médicos de 5 milhões para 13 milhões de brasileiros!"
Na conta no Instagram do Palácio no Planalto, o governo afirma que na segunda-feira, 28, chegarão ao País 346 médicos e outros 81 na terça-feira, 29. Ao todo, serão 1.780 profissionais pela segunda etapa do Mais Médicos.
Estados recebem 2.167 profissionais da 2ª etapa do Mais Médicos
DE SÃO PAULO
Todas as capitais brasileiras receberão neste final de semana os 2.167
profissionais selecionados na segunda etapa do Mais Médicos. A previsão
do Ministérios da Saúde é que essas pessoas comecem a atuar a partir do
dia 4 de novembro em 783 cidades.
Esses médicos foram avaliados por três semanas por universidades
federais que testaram seus conhecimentos do idioma e do sistema de saúde
brasileiro. Segundo o ministério, 1.947 dos profissionais foram
aprovados, 14 terão mais duas semanas de avaliação e outros 220
realizarão a prova neste sábado.
Veja a distribuição dos profissionais por Estado
Nessa segunda etapa, as avaliações desses profissionais ocorreram em
Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Vitória. Agora, chegando aos
Estados de atuação, eles passarão por mais uma semana de aulas sobre os
problemas de saúde mais comuns de cada região e sobre a rede de saúde de
cada Estado.
Entre esses profissionais, há 2.000 médicos cubanos que participam do
Mais Médicos por meio do acordo do ministério com a Opas (Organização
Pan-americana de Saúde). Estes profissionais ocuparam vagas que não
foram preenchidas por médicos brasileiros ou estrangeiros que aderiram
ao programa.
O Nordeste é a região que mais receberá profissionais nessa segunda
etapa do programa --serão 928 médicos. Em seguida vêm Sudeste (517),
Norte (358), Sul (244) e Centro-Oeste (120). O Nordeste também tem o
maior número de cidades beneficiadas (432), seguido pelo Norte (141),
Sudeste (100), Centro-Oeste (36) e Sul (74).
O programa visa levar profissionais, inclusive estrangeiros, para
trabalhar em áreas carentes no interior e na periferia das grandes
cidades e havia selecionados na primeira etapa 1.499 profissionais, que
já estão atuando no país. A pasta aponta que a cobertura deve passar de 5
milhões brasileiros para 13 milhões de pessoas com os novos médicos.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Profissionais estrangeiros do Mais Médicos chegam ao PR
Redação Bonde
O segundo grupo de médicos estrangeiros que participam do programa Mais Médicos chega ao Paraná neste sábado (25). O grupo, que faz parte da segunda etapa do programa do governo federal, vai desembarcar no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
Segundo o Ministério da Saúde, os médicos estrangeiros devem passar por um período de adaptação na capital paranaense para conhecer os hospitais e clínicas especializadas do Estados. Os médicos devem seguir para as cidades para a qual foram indicados no dia 4 de novembro, quando começam a atuar na área.
Antes da chegada a Curitiba, os médicos estrangeiros passaram por um período de acolhimento em quatro capitais: Brasília, Fortaleza, Vitória e Belo Horizonte. A recepção aos profissionais da saúde no sábado será feita, em São José dos Pinhais, pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, às 15h30, no Aeroporto Afonso Pena.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Ministério concede registro a 650 profissionais para atuar no Mais Médicos
Do UOL, em São Paulo
Programa Mais Médicos: profissionais e pacientes45 fotos
45 / 45
22.out.2013 - Durante cerimônia para sancionar a lei que institui o programa Mais Médicos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se dirigiu ao médico cubano Juan Delgado, que foi hostilizado durante uma manifestação contra o programa federal no Ceará em agosto, e afirmou que a atitude não representa a população brasileira. "O corredor polonês da xenofobia que te recebeu em Fortaleza não representa o espírito nem do povo brasileiro, nem da maioria dos médicos que trabalham pelo SUS", afirmou. A presidente Dilma Rousseff também pediu desculpas em nome do povo brasileiro ao médico cubano Leia maisJarbas Oliveira/Folhapress/Roberto Stuckert Filho/PR
Uma lista com os primeiros profissionais "intercambistas" participantes do programa Mais Médicos foi publicada nesta quinta-feira (24) no Diário Oficial da União. A lista traz os nomes de mais de 650 médicos que tiveram registros expedidos pelo Ministério da Saúde para atuar no programa.
Saiba qual a proporção de médicos em cada Estado e o panorama em outros países
São definidos como "intercambistas" médicos graduados em cursos de medicina no exterior e que não passaram pelo processo de revalidação do diploma. Entre os "intercambistas" há médicos brasileiros que não se formaram no país, mas a maior parte é formada por médicos de outras nacionalidades.
Além dos nomes e números de registros, a lista do Diário Oficial traz também os municípios em que cada médico irá atuar.
Na segunda-feira (21) a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que permite ao ministério expedir esse tipo de registro. Na ocasião, a presidente se dirigiu ao médico cubano Juan Delgado, que foi chamado de escravo ao chegar em Fortaleza (CE), e pediu desculpas por ele ter sido hostilizado: "Quero cumprimentar o Juan não apenas pelo fato dele ter sofrido um imenso constrangimento quando chegou, e por isso, do ponto de vista pessoal e do governo, peço nossas desculpas a ele".
Dilma disse ainda que via nos médicos estrangeiros os próprios brasileiros e agradeceu a ajuda deles para colaborar com uma política de saúde.
Onde falta médico, faltam dentistas e enfermeiros, mostra pesquisa
A concentração de médicos nos grandes centros acompanha a de outros profissionais de saúde, como dentistas e enfermeiros, e a de unidades de saúde. Onde falta um, faltam os outros.
É o que o mostra um recorte da pesquisa Demografia Médica no Brasil, que se baseou em dados da AMS (Assistência Médico-Sanitária) do IBGE, que conta os postos de trabalho ocupados por profissionais de saúde
"Eles [os médicos] vieram de longe para ajudar o Brasil a ter uma politica de saúde que levasse esse serviço essencial a todos os brasileiros. A todos vocês, o centro desse programa Mais Médicos, médicos de outras partes do mundo, queria dizer uma palavra simples: muito obrigada. Este país vai ficar eternamente grato", disse Dilma.
Programa
O objetivo do programa é aumentar o atendimento médico no interior do país e nas periferias das grandes cidades, locais onde há carência desses profissionais no atendimento em atenção básica. O médico recebe uma bolsa de R$ 10.000 por mês, que pode ser paga, por no máximo, seis anos. Além de brasileiros, profissionais estrangeiros também participam do programa.
Médicos
Desde o início do programa até sua sanção, duas levas de médicos de diferentes nacionalidades já chegaram ao país, na maioria cubanos, que vieram ao país por meio de um acordo firmado entre o ministério e a Opas (Organização Pan-americana de Saúde).
Segundo o Ministério da Saúde, dos 1.232 médicos que estão em atividade nos municípios, 748 são brasileiros e 484 são profissionais com diplomas do exterior com registro do Conselho Regional de Medicina. Outros 196 ainda não têm o documento. A maioria desses profissionais, que foram selecionados na primeira etapa do programa, atua nas regiões Norte e Nordeste.
O Ministério da Saúde estima que os 2.597 médicos selecionados na segunda etapa do Programa comecem a atuar ainda em outubro, fazendo com que o total de brasileiros beneficiados pelo programa chegue a 13,3 milhões de pessoas. Todos os 2.180 intercambistas dessa etapa receberão os registros emitidos pelo Ministério da Saúde
A meta do governo é trazer ao país pelo menos 12 mil médicos até abril de 2014.
Médicos estrangeiros no Brasil - 32 vídeos
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Lei que institui o programa Mais
Médicos é publicada
A partir da publicação, governo poderá fazer registro de estrangeiros. Sanção de Dilma ocorreu em evento no Planalto na terça-feira (22).
Do G1, em São Paulo
A lei que cria o programa Mais Médicos, do governo federal, foi publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (23). Com a publicação, o Ministério da Saúde poderá emitir registros provisórios para profissionais estrangeiros que ainda não obtiveram o documento.
A sanção da lei pela presidente Dilma Rousseff ocorreu nesta terça-feira (22), em cerimônia no Palácio do Planalto. O Mais Médicos tem o objetivo de levar profissionais brasileiros e estrangeiros para atender a população em áreas carentes das periferias de grandes cidades e no interior do país. O texto foi aprovado por Câmara e Senado no início do mês.
A possibilidade de o ministério conceder os registros foi incluída no texto porque médicos estrangeiros contratados pelo programa estavam com dificuldades para conseguir os registros nos conselhos regionais de medicina. De acordo com o governo, em alguns casos os conselhos estavam exigindo dos profissionais estrangeiros documentos para obter o registro além daqueles exigidos pela MP.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, atualmente 196 médicos estrangeiros contratados pelo Mais Médicos estão no país sem poder atuar por falta do registro.
De acordo com o ministro, Alexandre Padilha, já houve 360 mil consultas no primeiro mês do Mais Médicos.
"Nós já tivemos 360 mil consultas médicas no primeiro mês do programa Mais Médicos. Por isso que nós queremos a atuação plena desses médicos, que estão preparados para fazer as ações de prevenção, orientação, mas de atender problemas de saúde da nossa população", disse o ministro na sexta feira passada.
22/10/2013 às 12h23 (Atualizado em 22/10/2013 às 14h29)
Ministro da Saúde rebateu críticas de que o programa será usado para fins eleitoreiros
Kamilla Dourado, do R7, em Brasília
Médico cubano vaiado em Fortaleza recebe o primeiro registro provisório
emitido pelo Ministério da SaúdeDivulgação
Em meio a críticas sobre a falta de uma marca para o governo Dilma Rousseff, a presidente sancionou nesta terça-feira (22), no Palácio do Planalto, em Brasília, a lei que institui o programa Mais Médicos, aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional. A cerimônia contou com a presença de ministros de diversas pastas, como Saúde, Educação, Meio Ambiente e Direitos Humanos, além de prefeitos. Médicos cubanos e brasileiros também lotaram o salão nobre e as galerias do Palácio do Planalto para acompanhar a cerimônia. Os profissionais fazem parte da segunda leva do programa e participam de curso de aperfeiçoamento, em Brasília. Entre eles, estava o médico cubano Juan Delgado, que ficou conhecido depois de ser vaiado em Fortaleza. Durante a cerimônia de sanção da lei que instituiu o programa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, homenageou o médico cubano. — Quero te dizer, e você já sabe disso, que aquele corredor polonês da xenofobia que o recebeu em Fortaleza não representa o espírito, nem do povo brasileiro, nem da Bahia, nem do Brasil. Dilma quer 12 mil profissionais no Mais Médicos até abril de 2014 Ao ficar de pé, Delgado, que foi vaiado e chamado de “escravo” por médicos do Ceará, foi aplaudido por colegas cubanos e brasileiros presentes à cerimônia. Durante o evento, o cubano recebeu seu registro provisório, o primeiro que foi emitido pelo Ministério da Saúde. Argentino do Mais Médicos é investigado por suspeita de ter receitado superdosagem de remédio Ele também foi homenageado pela presidente Dilma Rousseff, que lhe pediu desculpas em nome do governo e do povo brasileiro. Dilma ainda disse que o programa é uma das maiores respostas do governo às reivindicações de junho, que levaram milhares de pessoas às ruas. — O pacto que estamos tornando cada vez mais realidade é o pacto da saúde. Esse pacto expresso no Mais Médicos é também uma etapa para continuarmos combatendo a exclusão, que transforma o acesso ao médico em uma forma de segregar uma parte da população, não lhe dando condições de ter acesso a serviço público essencial. Sob a acusação de ser o coordenador de um programa eleitoreiro, o chamado “pai do Mais Médicos”, o ministro Alexandre Padilha apresentou um balanço com os primeiros resultados da atuação dos profissionais. Padilha, que deve se candidatar ao governo do Estado de São Paulo em 2014, rebateu as críticas: — Só quem tem acesso a médico pode dizer que esse programa é eleitoreiro. Profissionais já atuam De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, 1.020 médicos estão trabalhando em 577 municípios, atendendo a cerca de 3,5 milhões de pessoas. Ainda segundo a pasta, 577 profissionais são formados no Brasil e 443 têm diploma estrangeiro.
A previsão é de que neste mês mais 2.597 profissionais selecionados na segunda etapa do programa comecem a trabalhar. O Mais Médicos autoriza a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para atuar no interior dos municípios e nas periferias das grandes cidades. O profissional recebe uma bolsa de R$ 10 mil por mês, que pode ser paga por no máximo seis anos, além de ajuda de custo para despesas de instalação e o pagamento das despesas de deslocamento até a cidade de trabalho. Congresso O texto aprovado no Senado manteve todas as mudanças feitas pelos deputados, com algumas alterações redacionais. Com as alterações, o registro provisório dos médicos estrangeiros vai ser feito pelo Ministério da Saúde, e não pelos Conselhos de Medicina. O projeto aprovado também estabelece que a partir de 2015 os cursos de medicina no País serão divididos em dois ciclos e terão duração de oito anos. No primeiro ciclo, o estudante terá seis anos de aulas, assim como é no currículo atual, e, ao concluir os estudos, vai receber um registro profissional provisório para trabalhar nos serviços de urgência e emergência de hospitais públicos. Ao final de dois anos de prestação de serviços para o SUS (Serviço Único de Saúde), o profissional conclui o segundo ciclo e recebe o diploma e o registro profissional definitivo. De acordo com o texto, a prestação de serviços será compensada com uma bolsa paga pelo governo. No entanto, o texto prevê regras gerais para as modificações do curso de medicina. A regulamentação das normas deverá ser feita pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).
Importação de médicos é reflexo da falta de planejamento, diz Campos
Em congresso de saúde, governador de PE criticou vinda de estrangeiros. Ele disse que é preciso providências para medida não ser permanente.
Katherine CoutinhoDo G1 PE
Para o presidente nacional do PSB, a carência de médicos
no País dificultou formação de equipes do PSF
(Foto: Katherine Coutinho / G1)
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos,
criticou neste domingo (20) a necessidade de importar médicos
estrangeiros. Segundo ele, a medida teria sido fruto de falta de
planejamento. Campos discursou na abertura do 51º Congresso Brasileiro
de Educação Médica, no Centro de Convenções, em Olinda, Grande Recife,
e fez as críticas na presença de representantes do Ministério da Saúde,
entre eles o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,
Mozart Sales, que cuidou diretamente das atividades do programa Mais
Médicos no estado.
“Na hora que você precisa trazer pessoas de fora, médicos de fora, para
cobrir a falta que tem de médicos em muitas realidades do Brasil, é
porque lá trás não percebemos que estávamos formando menos profissionais
do que a população precisava. E é preciso que se tome as providências
hoje para não ser uma coisa permanente na vida brasileira você ter que
importar médicos”, afirmou, explicando que a crítica não é para um
programa específico, mas para a questão do planejamento.
A preocupação com a formação de profissionais, ressaltou o governador,
tem que se repetir em outras áreas estratégicas do Brasil, como a
engenharia. “Para formar um médico, você precisa de dez anos. Então,
houve um processo de redução de vagas de medicina nas escolas públicas
nos idos de 1990 e início dos anos 2000. As consequências disso estão
sendo sentidas hoje na vida de quem administra municípios mais distantes
dos grandes centros, que tem a maior dificuldade de montar seus PSFs
[unidades do Programa de Saúde da Família], suas policlínicas e tudo
isso desmonta para cima do que há na rede assistencial das grandes
cidades”, comentou.
O presidente nacional do PSB destacou ainda a necessidade de se
discutir a questão do subfinaciamento da saúde, tecnologias, além da
questão da carreira para os profissionais de saúde que querem se dedicar
ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós precisamos discutir a formação de
pessoas, o planejamento estratégico que toda nação deve ter. Daqui a 20
anos, quantas pessoas nós vamos precisar na área de energia renovável?
Daqui a 20 anos, quantos profissionais de saúde vamos precisar com a
população ficando mais velha? Hoje em dia, nós temos uma população bem
diferente de algumas grandes nações, temos um perfil jovem, novo, mas
daqui há 20 anos não vai estar dessa mesma forma e isso tem impacto
sobre a rede de saúde. Se você não fizer cenários e planejamento, você
fica administrado dia a dia e dá nisso”, disparou.
Aliança PSB e Rede
Questionado se o programa de apoio a atividades agroecológicas, lançado pela presidente Dilma Rousseff,
seria já uma resposta à aliança recente entre a Rede e o PSB, Campos
afirmou não saber e reiterou que, mesmo tendo saído do governo, continua
apoiando políticas que acredita serem importantes.
“Acho que iniciativas positivas do governo a gente tem que apoiar,
inclusive a gente tem esse compromisso, de fazer política desse jeito.
Fiz assim aqui [em Pernambuco]
desse jeito, quando sucedi um governo e tinhas coisas boas, eu cuidei
de preservar as coisas boas do governo que me precedeu, acho que esse é o
jeito correto de se fazer política. Aquilo que o governo fizer de bom
para o Brasil no nosso entender, vai ter a nossa solidariedade, essa é
uma boa iniciativa”, disse, acrescentando que esse “bom” tem que ser
algo que “tenha consistência e não seja algo eleitoral”.
Campos adiantou também que já tem um rascunho do documento que deve
trazer as posições do partido para as conjunturas atuais. A prévia deve
ser apresentada na reunião do PSB em São Paulo, prevista para 28 de
outubro. “Houve reuniões do nosso pessoal, já começaram a preparar esse
documento, a ideia é que seja apresentado para cerca de cem convidados,
que vão fazer o aprofundamento desse documento. Já tem uma primeira
boneca que está indo para debate”, apontou.
Senado aprova medida provisória do programa Mais Médicos
Pelo novo texto, Ministério da Saúde fará registro de formados no exterior. Estrangeiros só revalidam o diploma se prorrogarem; texto vai à sanção.
Felipe NériDo G1, em Brasília
O Senado aprovou nesta quarta-feira (16) a medida provisória que cria o Mais Médicos, programa do governo federal que prevê a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para atuar em áreas carentes do interior do país e na periferia das grandes cidades.
A MP foi aprovada com texto igual à versão aprovada na Câmara, e segue agora para sanção presidencial. Na Câmara, a matéria foi debatida no plenário por cerca de 12 horas, ao longo de dois dias, até ter a aprovação concluída. No Senado, foram três horas de debate no plenário. Antes do plenário das duas casas, a MP tinha passado por uma comissão especial de parlamentares, onde foram protocoladas 567 sugestões de mudanças ao texto original.
Diferentemente da MP original, encaminhada pelo Poder Executivo ao Congresso em julho, o texto modificado pelos parlamentares permite ao Ministério da Saúde fazer o registro de atuação provisória dos profissionais formados no exterior. A mudança foi introduzida devido a dificuldades de profissionais de fora obterem o registro nos conselhos regionais de medicina. No entanto, a fiscalização continuará sendo feito pelos CRMs. A participação dos médicos no programa tem validade por três anos, podendo ser prorrogada por mais três. Para profissionais brasileiros ou estrangeiros formados fora do país, será exigida a revalidação do diploma no caso de prorrogação por até seis anos. Inicialmente, não havia cobrança de qualquer revalidação. Outra alteração permite que médicos aposentados sejam incluídos na categoria prioritária de contratação do programa. O texto original prioriza a participação de médicos brasileiros ou profissionais formados no exterior que tenham revalidado o diploma no Brasil. Em seguida, abre a possibilidade de médicos formados fora sem revalidação participarem. A vinda de profissionais estrangeiros para atuar no programa foi motivo de protestos de entidades médicas por todo o país desde que a MP foi anunciada pelo governo federal. Durante a votação, o líder do DEM no Senado, José Agripino (DEM-RN), chegou a apresentar destaque para que os senadores votassem separadamente trecho que retirava a possibilidade de o ministério conceder o registro aos formados fora do Brasil, mas o requerimento foi rejeitado. Ao apresentar o requerimento, Agripino disse agir em defesa dos médicos, que ele considera estarem sendo “desmerecidos”. “A chancela do recebimento da prestação de um serviço médico por um médico está saindo das mãos de quem pode avaliar se o médico tem condições efetivas de prestar serviço médico [o Conselho Regional de Medicina], para o Ministério da Saúde, órgão institucional do governo com interesse no programa”, afirmou. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, acompanhou toda a votação no Senado e afirmou que um dos principais ganhos das alterações feitas no Congresso foi justamente a possibilidade de o registro ser feito pelo ministério, e não mais pelos conselhos regionais.
“Tivemos vários aperfeiçoamentos da matéria no Congresso e, inclusive, resolvendo um problema bastante delicado, que é a questão de os médicos terem o registro com demora, passando do prazo. Ainda hoje, mais de 200 dos 660 médicos que já chegaram [do exterior] estão sem poder atuar porque os conselhos não deram registro”, afirmou a ministra Outro ponto questionado pelos profissionais de saúde e parlamentares da oposição é o fato de o programa não estabelecer direitos trabalhistas para os profissionais contratados. Nesse ponto, no entanto, não houve mudanças. Os médicos que atuam no programa recebem uma bolsa mensal de R$ 10 mil, mas não têm direito, por exemplo, a Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou 13º salário. Cursos de medicina A MP aprovada também faz alterações nas diretrizes para os cursos de medicinas. Pelo texto, fica definido que ao menos 30% da carga horária dos dois anos de internato médico na graduação devem ser feitos na atenção básica de saúde e no serviço de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, não permaneceu no texto a exigência inicial de dois anos de serviço obrigatório no SUS para recém-graduados, o que aumentaria o tempo de formação para oito anos. Ficou definido ainda que deve haver oferta de residência médica com número de vagas equivalente ao total de egressos dos cursos de medicina no ano anterior. A regra deve ser implantada progressivamente até 2018. Hoje, não vagas suficientes para que todos os estudantes possam fazer residência.
Estado só perde para Bahia e Ceará em abrangência, de acordo com governo
Impacto. Para ministro Alexandre Padilha, atuação de profissionais já começa a dar resultado
PUBLICADO EM 16/10/13 - 03h00
Luciene Câmara
O Ministério da Saúde informou ontem que 79 profissionais do Mais Médicos já estão atuando em Minas Gerais. O aporte, segundo o órgão, é suficiente para atender uma demanda de 272 mil pessoas, a terceira maior cobertura do programa no país. O Estado só perde para o Ceará, onde a ação teve o maior impacto, atingindo 369 mil pessoas, e para a Bahia, com 338 mil.
Em todo Brasil, 1.020 profissionais estão em atividade, o que abrange uma população de 3,5 milhões de pessoas. A maioria (61%) dos beneficiados vive no Norte e Nordeste. Os números levam em conta apenas os médicos cadastrados na primeira fase do programa, entre graduados no Brasil e no exterior. Dos 1.020 profissionais atuantes no país, 577 se formaram no território nacional e outros 443 têm diploma estrangeiro.
Desistências. Já em Minas, dos 79 profissionais, 37 se formaram no Brasil e 42 no exterior. O número seria maior se não fossem as desistências. Dos 72 médicos brasileiros que foram designados para 42 municípios do Estado, 35 desistiram do programa. O governo não informou quais municípios tiveram as baixas nem quais já foram beneficiados.
Já entre os 42 profissionais graduados no exterior, todos conseguiram o registro provisório no Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) – após uma briga judicial, em que a entidade foi obrigada pela Justiça a emitir os registros, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia. No Brasil, ainda há 237 médicos sem o registro provisório por conta do impasse com os conselhos. Eles já estão recebendo bolsa de R$ 10 mil por mês e, em atividade, atingiriam mais 817 mil pessoas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comemorou os primeiros resultados do Mais Médicos, em notícia publicada no site do órgão. “A atuação desses profissionais começa a fazer diferença. Já temos relatos de cidades que conseguiram dobrar o atendimento com a chegada dos médicos. A nossa expectativa é que o total de profissionais atendendo nas regiões que mais precisam aumente mais”, disse.
Já o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d'Ávila, afirmou ontem que o Mais Médicos é uma medida eleitoreira e que não irá resolver os problemas da saúde pública no país.
Abrangência
Cálculo. Cada médico do programa forma uma equipe de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), que cobre, em média, 3.450 pessoas. Daí sai o número de pessoas atingidas pela ação.
Votação da MP
O presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou ontem que a Medida Provisória 621, que institui o Mais Médicos, será votada hoje em plenário. Ontem, o projeto esteve na pauta de discussão da Casa. Para a Agência Senado, Calheiros afirmou que o Senado vai colaborar para que a MP seja rapidamente aprovada. O texto já passou pela aprovação da comissão mista do Congresso e, na semana passada, foi aprovada pela Câmara.
Segunda etapa
Já a segunda etapa do Mais Médicos tem 2.597 profissionais participantes. Desses, 2.000 têm formação em Cuba e 180 são de outras nacionalidades, que estão em treinamento e devem começar a atuar no fim do mês. Já os brasileiros do programa tiveram prazo até a última segunda-feira para se apresentar aos municípios onde vão trabalhar. O governo não informou quantos compareceram e adiantou que há possibilidade de estender o prazo.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
1020 médicos do Mais Médicos já trabalham, diz ministério
Conforme o levantamento, 40% estão trabalhando no Nordeste, com destaque para os estados da Bahia e do Ceará
Aline Valcarenghi, da
Ez Fiuza/ABr
Mais Médicos: médicos da primeira etapa do programa estão alocados em 577 municípios e 17 distritos sanitários indígenas
Do total, 577 são formados no Brasil e 443 têm diploma estrangeiro e atuam no país por meio de registro provisório. Conforme o levantamento, 40% estão trabalhando no Nordeste, com destaque para os estados da Bahia e do Ceará que, juntos, reúnem 205 profissionais. De acordo com cálculos do ministério, 3,5 milhões de pessoas estão sendo beneficiadas com os atendimentos dos profissionais, sendo que 61% vivem no Norte e Nordeste do país. Os médicos da primeira etapa do programa estão alocados em 577 municípios e 17 distritos sanitários indígenas. Do total de locais atendidos, 423 são cidades com 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza, com mais de 80 mil habitantes e menor renda per capita, além de áreas indígenas. As demais áreas atendidas são periferias de 20 capitais e 151 regiões metropolitanas. Mais 2.597 profissionais, da segunda seleção, devem iniciar as atividades ainda neste mês. Com a entrada deles em atuação, o governo estima que mais de 9 milhões de brasileiros terão atendimento em atenção básica. O Ministério da Saúde avalia o impacto da atuação dos profissionais com base no número de famílias cadastradas para o atendimento nas unidades básicas. Atualmente, cada equipe de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) atende, em média, 3.450 pessoas. "Nosso objetivo é até, entre março e abril, ter aqui no Brasil os 12 mil médicos que são necessários, num primeiro momento que nós chamamos, autorizados, considerando tudo, todas as demandas de todos os municípios", disse a presidenta Dilma Rousseff ontem (14) em entrevista a rádios mineiras. Os brasileiros da segunda seleção do programa tiveram até esta segunda-feira (14) para se apresentar nos municípios. O ministério ainda não divulgou o número de profissionais que se apresentaram. Os profissionais formados no exterior devem concluir o módulo de avaliação do programa até o dia 25 de outubro.