Mais Médicos: 1º mês de seleção aponta 141 profissionais para 34 municípios de São Paulo
No Brasil todo foram selecionadas 1.753 vagas em 626 cidades. Dos
postos a serem ocupados, 51,3% estão em regiões carentes do interior e o
restante em capitais e regiões metropolitanas
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (1) a lista de
municípios selecionados para receberem profissionais brasileiros
inscritos no Programa Mais Médicos. Neste primeiro mês de inscrições,
foram selecionadas, em 34 municípios de São Paulo, 141 vagas. Destas, 21
estão em municípios de maior vulnerabilidade social do interior e 120
nas periferias de capitais e regiões metropolitanas.
Lista de cidades contempladas em São Paulo
No Brasil todo, 1.753 médicos foram direcionados a 626 municípios. Dos
postos a serem ocupados, 51,3% estão em regiões carentes do interior e
48,6% nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. Todas as
regiões contempladas neste primeiro mês de seleção estão entre as
prioritárias do programa.
Os médicos com registro válido no Brasil selecionados nesta fase têm
até sábado (3) as 16horas para homologar a participação no programa e
assinar termo de compromisso, confirmando o interesse no município
indicado. A lista final com profissionais e municípios que participarão
desta primeira seleção será publicada na segunda-feira (5) no site do
Ministério da Saúde. A próxima chamada de médicos e municípios começa no
dia 15 de agosto.
“Estamos muito satisfeitos com esses profissionais que demonstraram
interesse de atuar nas regiões mais carentes do Brasil, mas sabemos que
ainda temos uma grande demanda para atender. Com o Mais Médicos,
confirmamos que faltam muitos profissionais no interior do país e nas
periferias de grandes cidades. Nesta primeira seleção, focada nos
brasileiros, ainda ficamos com um déficit de 13.707 vagas”, destacou o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Como o primeiro mês de seleção teve demanda apontada por 15.460 médicos
em 3.511 municípios, este resultado deve preencher apenas 11% desta
expectativa, deixando 13.707 postos ociosos em 2.885 cidades.
Em São Paulo, os 309 municípios do estado que aderiram ao programa
solicitaram 2.197 vagas, de forma que nesta etapa apenas 141 deverão ser
preenchidas em 34 cidades.
PREFERÊNCIA – Dos 1.753 profissionais selecionados, 74% foram
direcionados para sua primeira opção entre os seis municípios que
poderiam escolher por ordem de prioridade. Outros 232 ficaram com a
segunda opção e os demais entre a terceira e quinta.
Ao todo, 2.379 médicos com diploma brasileiro fizeram a escolha dos
municípios de preferência para atuar pelo programa. Destes, 507 que não
foram alocados em suas escolhas por indisponibilidade de vagas poderão
ajustar suas opções, confirmando-as até segunda-feira (5).
Os demais 119 que, descumprindo as regras do edital, não apontaram seis
possibilidades de municípios para trabalhar, só poderão retomar a
participação no segundo mês de inscrições. Os dados foram cruzados pelo
Ministério da Saúde para fechar a lista dos municípios que seriam
atendidos no primeiro mês de seleção.
Para garantir que o Mais Médicos ampliará o atendimento à população, os
profissionais que participarão do programa só poderão ser inseridos em
novas equipes de atenção básica ou naquelas em que há falta de médicos. O
Ministério da Saúde, com base nos dados de 12 de julho do Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), bloqueará o CPF do médico
do programa, impedindo a inserção dele em equipes que já possuem
médicos. O gestor municipal deve registrar as novas equipes em até 60
dias após a chegada do profissional.
“O Mais Médicos foi criado com o objetivo de ampliar o atendimento à
população na atenção básica e, com essa ação, estamos garantindo que o
profissional será alocado exatamente nas regiões onde faltam médicos”,
disse Padilha.
SELEÇÃO – Dos 626 municípios selecionados nesta primeira etapa, 375
estão em regiões com 20% ou mais de sua população em situação de extrema
pobreza, 159 em regiões metropolitanas, 68 estão em um grupo de 100
cidades com mais de 80 mil habitantes de maior vulnerabilidade social e
24 são capitais. Na distribuição dos profissionais foram atendidos ainda
23 distritos sanitários indígenas.
Os municípios da região Nordeste foram contemplados com o maior número
de médicos, com um total de 619 profissionais direcionados a 300 cidades
e 1 DSEI. Em segundo lugar, vem o Sudeste, com 460 dos médicos para
atender 122 municípios. Em seguida vem a região Sul, com 244 médicos em
90 municípios. A região Norte vai receber 250 médicos em 74 municípios e
17 DSEIs; e Centro-Oeste, com 180 médicos em 40 municípios e 5 DSEIs.
Os estados que receberão mais médicos serão Bahia (161), Minas Gerais
(159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio Grande do Sul
(107) e Amazonas (73).
ESTRANGEIROS – Como definido desde o lançamento do Mais Médicos, os
brasileiros têm prioridade no preenchimentos dos postos apontados. Os
remanescentes serão oferecidos primeiramente aos brasileiros graduados
no exterior e em seguida aos estrangeiros.
A partir de terça-feira (6) até dia 8, os médicos que se formaram no
exterior e finalizaram o cadastro no programa poderão selecionar os
municípios com vagas não ocupadas por brasileiros. No dia 9, será
publicada a lista dos municípios que receberão médicos estrangeiros.
Os médicos do programa – tanto brasileiros quanto estrangeiros – devem
começar a atuar nos municípios em setembro. Todos os profissionais
formados no exterior serão avaliados e supervisionados por universidades
federais, de todas as regiões do país, que se inscreveram nesta
primeira etapa do programa.
O PROGRAMA - Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no
dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria
do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com
objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e
unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do
país, como os municípios do interior e as periferias das grandes
cidades.
Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo
Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em
Atenção Básica durante os três anos do programa.
O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e
na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante,
R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais,
601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades
básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e
ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14
hospitais universitários.
Somente no estado de São Paulo, já foram investidos R$ 297,3 milhões
para obras em 1.491 unidades de saúde e R$ 6,3 milhões para compra de
equipamentos para 924 unidades. Também foram aplicados R$ 204,5 milhões
para construção de 118 UPAs e R$ 147 milhões para reforma/construção de
147 hospitais.
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