sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Médico cubano sabia há meses de plano

Professores brasileiros viajaram para diversas regiões de Cuba para ensinar português e passar informações sobre o SUS aos médicos

 

  • Médicos cubanos recrutados para trabalhar no Brasil recebem aulas de português e informações sobre o Sistema Único de Saúde há pelo menos seis meses. Mesmo sem a formalização de um acordo, professores brasileiros, usando material didático do Mais Médicos, viajaram para diversas localidades de Cuba para iniciar a formação dos profissionais, em uma sinalização de que o governo há tempos trabalha com a meta de trazê-los para o País.
    "Agora é só revisão. Boa parte do conteúdo aprendemos lá", assegurou o médico Alfredo Rousseaux, que desembarcou semana passada em Brasília para um estágio de três semanas. "Um dos professores daqui conheço de vista, já deu curso lá em Cuba", completou.
    A apostila de português, distribuída nesta semana para os alunos com o logo do Mais Médicos, também já é conhecida de Rousseaux. "Os professores exibiam projeções com o mesmo conteúdo." Os amigos Veronico Gallardo, Marisel Velasquez Hernandez e Diego Correa também se preparam para a temporada no País há meses. Desde o início do ano recebem uma formação específica, voltada para o trabalho que seria feito aqui no País. Com domínio razoável de português, Gallardo afirma ter estudado bastante sobre problemas comuns na Região Norte, onde espera atuar. "Devo trabalhar no Amazonas."
    Rousseaux conta que todos estavam convictos de que o desembarque no Brasil seria questão de tempo. "Fui informado sobre a vinda mais ou menos 15 dias antes da viagem. Disseram que era para deixar tudo pronto." O acordo entre Brasil e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), organismo internacional encarregado de fazer a triangulação com o governo cubano, contudo, foi formalizado somente na quarta-feira da semana passada. Três dias depois, 400 dos 4 mil médicos desembarcaram no País.
    A rapidez no desfecho destoou com o restante do processo. A vinda dos médicos cubanos é cogitada há meses. Só que o primeiro anúncio foi feito em maio, pelo então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ele afirmara na época que 6 mil profissionais viriam ao Brasil para trabalhar em locais com carência de médicos.
    Diante da polêmica criada entre entidades médicas, o formato do programa foi alterado. Quando lançado oficialmente, no início de julho, o Mais Médicos deu preferência para profissionais formados no Brasil. Numa segunda chamada, viriam profissionais formados em outros países. Na época, o governo anunciou que não havia concluído as negociações com governo cubano.
    Intercâmbio. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que as aulas de professores brasileiros integram um projeto de intercâmbio com o governo de Cuba. Em troca dos conhecimentos repassados por cubanos sobre atenção básica, os professores brasileiros deram aulas sobre funcionamento do SUS. Já as aulas de português fariam parte da cooperação triangular Haiti-Cuba-Brasil.

    quinta-feira, 29 de agosto de 2013

    Uruguaio do Mais Médicos faz seu primeiro atendimento em Pernambuco
     


    Vitória de Santo Antão (PE)

    Médicos estrangeiros chegam ao Brasil para o programa Mais Médicos64 fotos

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    26.ago.2013 - Manifestantes ligados ao Sindicato dos Médicos do Ceará protestam na noite de segunda-feira (26) durante a saída do grupo de 96 médicos estrangeiros da Escola de Saúde Pública do Ceará. De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, que organizou o protesto, os manifestantes foram orientados a não hostilizar os colegas estrangeiros Jarbas Oliveira/Folhapress
    O médico uruguaio Gonzalo Lacerda Casaman, 31 anos, do programa Mais Médicos, fez seu primeiro atendimento no Brasil nesta quarta-feira, 28, por volta das 13 horas, ao socorrer uma mulher atingida por uma moto, no município metropolitano de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, onde está sendo ministrado o treinamento para os profissionais estrangeiros.
    "Entendi tudo que ele disse", afirmou Helena Paulina de Araújo, 63 anos, ambulante. "Ele me disse para ficar calma, me tirou da rua e me examinou", afirmou. O médico vinha do almoço e contou ter ouvido um barulho forte. Em seguida viu a senhora no chão, no meio da Rua Eurico Valois, na área central, onde se localiza a Faculdade Miguel Arraes.

    • Arte UOL Saiba qual a proporção de médicos em cada Estado e o panorama em outros países
    Casaman a levou para a calçada, fez um exame preliminar e percebeu escoriações no joelho e cotovelo esquerdos, sem gravidade. Como Helena foi atingida também no tórax, o médico pediu ao guarda de trânsito para chamar a emergência. Minutos depois, o atendimento do Samu chegou, fez curativos nas escoriações e levou a mulher para um raio X.
    Gonzalo afirmou não ter imaginado que faria seu primeiro atendimento ainda nesta fase do programa e se disse feliz por ajudar. "É para isto que estamos aqui", afirmou.
    Helena Paulina de Araújo se consulta no posto de saúde do bairro de Bela Vista. "Quase não tem médico lá", criticou, e elogiou o Mais Médicos. "Com certeza vale a pena os médicos estrangeiros."

    Veja argumentos a favor e contra o programa Mais Médicos

    PRÓSCONTRAS
    Aumenta número de médicos em atuação no Brasil (hoje há 1,8 profissionais para cada mil habitantes)Sem o Revalida, o médico estrangeiro não tem a sua capacidade testada adequadamente, podendo colocar vidas em risco
    Leva médicos para bairros e cidades onde há carência desses profissionais Dificuldades com a língua portuguesa podem trazer problemas de comunicação 
    Melhora o conhecimento dos médicos em atenção básica e saúde pública, áreas nas quais os recém-formados não costumam ter interesse em atuarCom o acordo para a vinda de médicos de Cuba, o governo está sendo conivente com um esquema de trabalho que é alvo de críticas: os profissionais recebem apenas parte da bolsa
    Amplia o atendimento à população indígena que vive em regiões carentes de médicos Estrangeiros podem não ter conhecimento suficiente sobre as doenças tropicais, como a dengue
    Supre uma demanda imediata, dado o longo tempo de formação de novos médicosEstrangeiros podem desconhecer certos medicamentos e equipamentos utilizados no país
    Apesar de não resolver a questão da falta de infraestrutura, garante acesso a um médicoNão oferece benefícios trabalhistas aos profissionais, como 13º salário, horas extras e FGTS
    Não ameaça os empregos dos brasileiros, já que os estrangeiros só podem atuar em áreas específicasNão resolve a questão da falta de infraestrutura e de outros profissionais, como enfermeiros, nutricionistas, dentistas etc

    Médicos estrangeiros no Brasil - 10 vídeos





    terça-feira, 27 de agosto de 2013


    Cristovam Buarque, pré-candidato a Presidente da República, sobre o Programa "Mais Médicos":
     


    80% dos equipamentos que usamos são importados. Por que a gente pode importar um equipamento de ressonância magnética e não pode importar um médico?

    Cristovam Buarque
    Senador (PDT-DF)

    FONTE: ILIMAR FRANCO

     

    domingo, 25 de agosto de 2013

    Médicos cubanos dizem que vieram ao Brasil para ajudar
    Profissionais disseram que todos são especialistas em saúde da família e têm experiência em outros países

     
  • "Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor", afirmou Nelson Rodrigues, 45 anos. "Nossa motivação é a solidariedade", assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61. As afirmações foram pelos primeiros médicos cubanos a desembarcarem em solo brasileiro, em entrevista, na tarde deste sábado, no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, em resposta aos questionamentos dos jornalistas sobre a informação de que os profissionais, contratados por meio de convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), só irão receber um porcentual de 25% a 40% do salário de R$ 10 mil a ser pago pelo governo brasileiro.
  • Veja também:
    Conselho Regional de Medicina de MG vai acionar polícia para estrangeiros
    Governo tem segurança jurídica sobre o Mais Médicos, afirma Padilha
    Primeira leva de médicos cubanos chega a Recife em clima de festa

    "Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros", destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. "O salário é suficiente", complementou Natasha Romero Sanches, 44.

    Eles integram o grupo de 30 profissionais que ficaram no Recife. Saíram de Havana em um voo fretado, que trouxe os primeiros 200 médicos cubanos para trabalhar nos 701 municípios que não despertaram interesse de nenhum profissional do Programa Mais Médicos. De acordo com o representante do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que os recebeu, este número pode chegar a quatro mil até dezembro.

    Recepcionados de forma festiva, com faixas e gritos de boas vindas por vinte integrantes da União da Juventude Socialista (UJS) e da União Metropolitana de Estudantes Secundaristas (Umes), os médicos retribuíram a gentileza balançando as bandeiras do Brasil e de Cuba que traziam nas mãos. "Oh abre alas que os cubanos vão passar/ é mais saúde para a população/sejam bem vindos e a nossa gratidão" foi entoada pelos estudantes numa versão da música "Oh abre alas" de Chiquinha Gonzaga.

    Na entrevista, realizada com quatro dos médicos, eles informaram que todos são especialistas em saúde da família e têm experiência de ajuda em outros países. Citaram Haiti, Venezuela, Paquistão, Guatemala e Honduras. Disseram que o curso de graduação de Medicina em Cuba é de seis anos e destacaram que lá eles têm tudo garantido - saúde e educação. "Nossas famílias estão seguras, com o necessário para viver", disse Natasha Romero Sanchez.

    "Nós nos formamos com base na solidariedade e no humanismo", acrescentou ela, ao falar da alegria de estar no Brasil e poder "colaborar com o SUS". Ao seu ver, "o sistema de saúde brasileiro é desenvolvido".

    Sobre a rejeição da classe médica brasileira à chegada dos estrangeiros isentos do exame para validar seus diplomas, ela destacou: "Não viemos mudar nenhum sistema social, viemos aprender com nossos colegas e poder ajudar o povo pobre com carência de atenção médica primária adequada".

    Os profissionais vieram em número de 200, em voo fretado da empresa área "Cubana". Trinta ficaram em Pernambuco, vão se juntar aos outros médicos estrangeiros que estão em alojamentos do Exército e na segunda-feira (26) começam curso de treinamento de três semanas sobre a legislação sanitária brasileira e língua portuguesa.

    Passo importante

    Presidente estadual da UJS, Thiara Milhomem, 23 anos, afirmou que as mobilizações contrárias à vinda de profissionais estrangeiros pela classe médica brasileira "não deslegitima a vinda dos médicos". "A vinda deles não resolve o problema da saúde no Brasil, mas é um passo importante", afirmou.


    sexta-feira, 16 de agosto de 2013

    Saúde divulga lista de formados no exterior confirmados em programa

    Documento informa para quais cidades profissionais foram destinados.
    Dos 522 formados no exterior, 358 são estrangeiros e 164 brasileiros



    http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/08/saude-divulga-lista-de-formados-no-exterior-confirmados-em-mais-medicos.html

    quinta-feira, 8 de agosto de 2013

    Senado aprova PEC que permite médico militar atuar no SUS

    07/08/2013 - 19h36

    Acesse também:

    PROGRAMA 'MAIS MÉDICOS' NO PAINEL DO PAIM

    http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/417/mais-medicos.html
     
    Mariana Jungmann
    Repórter da Agência Brasil
    Brasília – O Senado aprovou hoje (7), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição 122/2011, que permite aos médicos militares atenderem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A votação da PEC foi acompanhada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A iniciativa é mais uma medida para aumentar a oferta de médicos em localidades onde há carência desses profissionais.
    Pelo texto aprovado, os médicos da Marinha, Aeronáutica e do Exército poderão atuar nos hospitais da rede pública em horário alternativo ao da jornada nos estabelecimentos militares, como durante folgas e fins de semana. Eles poderão acumular função e serem contratados por prefeituras e pelos governos estaduais.
    Segundo o ministro, grande parte dos médicos militares é especialista, o que coincide com as necessidades dos municípios. Padilha lembra que a maioria está justamente em regiões de fronteira, na Amazônia e no interior do país – locais onde há mais dificuldade de contratar profissionais. A estimativa é que 6 mil médicos militares poderão ser contratados para trabalhar no SUS.
    “Essa é mais uma estratégia para levar mais médicos para as cidades onde não temos profissionais ou também que têm médicos militares, mas podem atender mais a população, que mais precisa no fim de semana, em horários de plantão. Em algumas situações, a carga horária do médico militar chega a 20 horas. Então, ele poderia, mesmo durante a semana, atender no posto de saúde, nas UPAs 24 horas [unidades de Pronto-Atendimento que não fecham], em outros hospitais por contratos com a prefeitura ou governo estadual. Será muito bom para a população que espera médicos no posto de saúde, no pronto-socorro. Alguns são especialistas, pode ser uma oferta de especialistas, radiologistas, gineco-obstetras e tratamento do câncer”, disse Padilha.
    Para a votação no Senado, os líderes partidários fizeram acordo para quebra de interstícios, o que permitiu que a PEC fosse apreciada em dois turnos em um único dia. Agora, ela segue para a Câmara, onde também precisará ser votada em dois turnos. Se houver alterações, a matéria retorna ao Senado para última análise antes da promulgação.
    Edição: Carolina Pimentel
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    quarta-feira, 7 de agosto de 2013

    domingo, 4 de agosto de 2013

    Mais Médicos: 1º mês de seleção aponta 141 profissionais para 34 municípios de São Paulo

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    No Brasil todo foram selecionadas 1.753 vagas em 626 cidades. Dos postos a serem ocupados, 51,3% estão em regiões carentes do interior e o restante em capitais e regiões metropolitanas
     
    O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (1) a lista de municípios selecionados para receberem profissionais brasileiros inscritos no Programa Mais Médicos. Neste primeiro mês de inscrições, foram selecionadas, em 34 municípios de São Paulo, 141 vagas. Destas, 21 estão em municípios de maior vulnerabilidade social do interior e 120 nas periferias de capitais e regiões metropolitanas.
     
    Lista de cidades contempladas em São Paulo
     
    No Brasil todo, 1.753 médicos foram direcionados a 626 municípios. Dos postos a serem ocupados, 51,3% estão em regiões carentes do interior e 48,6% nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. Todas as regiões contempladas neste primeiro mês de seleção estão entre as prioritárias do programa.
     
    Os médicos com registro válido no Brasil selecionados nesta fase têm até sábado (3) as 16horas para homologar a participação no programa e assinar termo de compromisso, confirmando o interesse no município indicado. A lista final com profissionais e municípios que participarão desta primeira seleção será publicada na segunda-feira (5) no site do Ministério da Saúde. A próxima chamada de médicos e municípios começa no dia 15 de agosto.
     
    “Estamos muito satisfeitos com esses profissionais que demonstraram interesse de atuar nas regiões mais carentes do Brasil, mas sabemos que ainda temos uma grande demanda para atender. Com o Mais Médicos, confirmamos que faltam muitos profissionais no interior do país e nas periferias de grandes cidades. Nesta primeira seleção, focada nos brasileiros, ainda ficamos com um déficit de 13.707 vagas”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
     
    Como o primeiro mês de seleção teve demanda apontada por 15.460 médicos em 3.511 municípios, este resultado deve preencher apenas 11% desta expectativa, deixando 13.707 postos ociosos em 2.885 cidades.
     
    Em São Paulo, os 309 municípios do estado que aderiram ao programa solicitaram 2.197 vagas, de forma que nesta etapa apenas 141 deverão ser preenchidas em 34 cidades.
     
    PREFERÊNCIA – Dos 1.753 profissionais selecionados, 74% foram direcionados para sua primeira opção entre os seis municípios que poderiam escolher por ordem de prioridade. Outros 232 ficaram com a segunda opção e os demais entre a terceira e quinta.
     
    Ao todo, 2.379 médicos com diploma brasileiro fizeram a escolha dos municípios de preferência para atuar pelo programa. Destes, 507 que não foram alocados em suas escolhas por indisponibilidade de vagas poderão ajustar suas opções, confirmando-as até segunda-feira (5).
     
    Os demais 119 que, descumprindo as regras do edital, não apontaram seis possibilidades de municípios para trabalhar, só poderão retomar a participação no segundo mês de inscrições. Os dados foram cruzados pelo Ministério da Saúde para fechar a lista dos municípios que seriam atendidos no primeiro mês de seleção.
     
    Para garantir que o Mais Médicos ampliará o atendimento à população, os profissionais que participarão do programa só poderão ser inseridos em novas equipes de atenção básica ou naquelas em que há falta de médicos. O Ministério da Saúde, com base nos dados de 12 de julho do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), bloqueará o CPF do médico do programa, impedindo a inserção dele em equipes que já possuem médicos. O gestor municipal deve registrar as novas equipes em até 60 dias após a chegada do profissional.
     
    “O Mais Médicos foi criado com o objetivo de ampliar o atendimento à população na atenção básica e, com essa ação, estamos garantindo que o profissional será alocado exatamente nas regiões onde faltam médicos”, disse Padilha.
     
    SELEÇÃO – Dos 626 municípios selecionados nesta primeira etapa, 375 estão em regiões com 20% ou mais de sua população em situação de extrema pobreza, 159 em regiões metropolitanas, 68 estão em um grupo de 100 cidades com mais de 80 mil habitantes de maior vulnerabilidade social e 24 são capitais. Na distribuição dos profissionais foram atendidos ainda 23 distritos sanitários indígenas.
     
    Os municípios da região Nordeste foram contemplados com o maior número de médicos, com um total de 619 profissionais direcionados a 300 cidades e 1 DSEI. Em segundo lugar, vem o Sudeste, com 460 dos médicos para atender 122 municípios. Em seguida vem a região Sul, com 244 médicos em 90 municípios. A região Norte vai receber 250 médicos em 74 municípios e 17 DSEIs; e Centro-Oeste, com 180 médicos em 40 municípios e 5 DSEIs.
     
    Os estados que receberão mais médicos serão Bahia (161), Minas Gerais (159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio Grande do Sul (107) e Amazonas (73).
     
    ESTRANGEIROS – Como definido desde o lançamento do Mais Médicos, os brasileiros têm prioridade no preenchimentos dos postos apontados. Os remanescentes serão oferecidos primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros.
     
    A partir de terça-feira (6) até dia 8, os médicos que se formaram no exterior e finalizaram o cadastro no programa poderão selecionar os municípios com vagas não ocupadas por brasileiros. No dia 9, será publicada a lista dos municípios que receberão médicos estrangeiros.
     
    Os médicos do programa – tanto brasileiros quanto estrangeiros – devem começar a atuar nos municípios em setembro. Todos os profissionais formados no exterior serão avaliados e supervisionados por universidades federais, de todas as regiões do país, que se inscreveram nesta primeira etapa do programa.
     
    O PROGRAMA - Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades.
     
    Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa.
     
    O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.
     
    Somente no estado de São Paulo, já foram investidos R$ 297,3 milhões para obras em 1.491 unidades de saúde e R$ 6,3 milhões para compra de equipamentos para 924 unidades. Também foram aplicados R$ 204,5 milhões para construção de 118 UPAs e R$ 147 milhões para reforma/construção de 147 hospitais.

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