segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Governo assina acordo para manter médicos cubanos por mais 3 anos


Ministério quer reduzir número de profissionais estrangeiros, no entanto.
Ajuste salarial também foi aprovado e remuneração passa de R$ 11 mil.

Do G1, em São Paulo
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, assinou, nesta segunda-feira (26), na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Washington, Estados Unidos, o contrato que mantém, por mais três anos, a participação dos médicos cubanos no programa Mais Médicos.
No último dia 13 de setembro, o presidente Michel Temer já havia assinado a lei que prorrogou o programa Mais Médicos.
O salário dos médicos cooperados também foi ajustado nesta segunda, passando de R$ 10.570 para R$ 11.520, e valerá para todos os médicos participantes. A mudança foi publicada no Diário Oficial de União.
O Ministério da Saúde já havia informado na última semana que manteria os cubanos por enquanto, mas que pretende reduzir em 35% a sua participação no programa nos próximos três anos. A meta do governo federal é que a quantidade de médicos da ilha caribenha atuando no país passe de 11,4 mil para 7,4 mil nesse período. Em 2017, o ministério pretende preencher 2 mil vagas com profissionais brasileiros.
“É importante ressaltar que estamos comprometidos em fortalecer a atuação dos brasileiros no Mais Médicos. No entanto, enquanto houver necessidade o convênio com a Opas será mantido”, destacou Antônio Nardi.

A manutenção do projeto foi negociada com gestores dos municípios, que pediram a continuidade para que a população onde há médicos do Programa não ficasse sem atendimento.

A partir de novembro, novos profissionais serão substituídos. Em 2017, de acordo com o governo federal, novos editais para atrair mais brasileiros deverão ser lançados.

O Ministério da Saúde acertou com a Opas, no entanto, que há possibilidade de prorrogação da permanência de médicos cubanos do Programa Mais Médicos que tenham se casado ou estejam em união estável no Brasil.

Postado por Carlos PAIM

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Mais Médicos deve substituir 4.000 cubanos até dezembro


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Apesar de o presidente Michel Temer ter sancionado uma lei que permite prorrogar a participação de médicos estrangeiros no Mais Médicos por mais três anos, parte destes profissionais deve começar a ser substituída nos próximos três meses.
A tendência é que cerca de 4.000 médicos cubanos que vieram ao Brasil em 2013 e cujos contratos vencem este ano sejam substituídos. Até então, o governo analisava uma possível renovação dos contratos desse grupo.
Um acordo inicial para substituição desses médicos foi definido na última semana pelo Ministério da Saúde, representantes do governo cubano, como a vice-ministra da Saúde Marcia Cobas, e a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), responsável por intermediar a vinda dos profissionais.
Na ocasião, segundo participantes da reunião, Cobas afirmou que os médicos precisavam retornar ao país por terem vínculos com o sistema de saúde cubano. Os novos profissionais do país devem chegar ao Brasil até dezembro.
A ideia, no entanto, é que haja exceções nessa troca: caso daqueles que se casaram com brasileiros durante seu período no Mais Médicos.
Em julho, a Folha mostrou que esses médicos têm buscado visto permanentepara ficar no país, mas temiam não poder trabalhar por não terem o diploma revalidado.
Agora, a ideia é que eles possam solicitar a prorrogação da participação no programa por mais três anos. Os casos, no entanto, devem ser analisados um a um.
Não há número oficial de quantos estejam nessa situação –o ministro da Saúde, Ricardo Barros, já disse que a estimativa é que sejam cerca de mil médicos.
Para o presidente do Conasems (conselho de secretários municipais de Saúde), Mauro Junqueira, que esteve no encontro, a substituição dos cubanos atende a um pedido dos municípios, que temiam interrupção no atendimento em meio às eleições. Por isso, a troca só deve ocorrer a partir de novembro.
"Havia médicos que já sairiam em agosto e setembro", afirma. "Só de ter a garantia de que haverá médicos por mais três anos já nos atende."
A decisão deve ser anunciada pelo Ministério da Saúde e a Opas até a próxima semana. Até lá, negociam sobre um possível reajuste no valor dos contratos. O governo brasileiro estuda um aumento em torno de 10% para 2017.
Ao todo, 18.240 profissionais atuam no Mais Médicos. A maioria é de cubanos (11.429). Além deles, ao menos 1.339 intercambistas já solicitaram a renovação. 

Postado por: Carlos PAIM